Correspondência Poética: despedida

quarta-feira, 13 de abril de 2011

despedida

agora há apenas o vácuo
a ausência no jardim
de uma flor comum
entre tantas

invisíveis
perecíveis
ao invencível sopro
do tempo

desprendeu-se do caule
antes de completar o seu florir

partiu no ar
etérea
ignorada

seu sangue de flor
silenciou a raiz
em telúrica cicatriz

nenhuma mão  quis acolhê-la
nenhum vaso quis
preencher sua primavera

Solange Amorim

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