Em meu lado abelhudo ela se fez flor
Mas a minha vaidade de desertor
Me disse pra fugir desse amor
Margarida singela era até cheirosa
Mas sequer chegava aos pés de rosa
Com suas múltiplas pétalas formosas
Ao descobrir que eu era beija-flor
Deu ouvido aos ventos do rancor
E para mim nunca mais desabrochou
De que adianta ser possessiva margarida
Se até as lagartas que rasteja por ti cria asas
Tenho ninho, e aconchego de passarinho
Mas não sou joão-de-barro pra ter casa
Poesia: Casulo
Livro: Do olho pra fora mora a liberdade
5 comentários:
Esse poema é maravilhoso, bem trabalhado, arquitetado duma forma a trazer da natureza, riqueza de detalhes para a seiva da palavra, armada pelo ferro da construção de um poeta verdadeiro.
Parabéns Casulo.
Depois das palavras de Zé Sarmiento não há o que dizer, muito obrigado pelo comentário e muito abrigado por madar a poesia Casulo. E pra quem quer mandar poesia pra serem postadas no blog é só enviar para correspondenciapoetica2010@gmail.com
Adorei isso!!!
Valeu poetas, também sou fã dos seus trabalhos que suas fonte da imaginação nunca venha a secar, porque nesse mundo deserto de saber precisamos de pessoas iguais a vocês pra nus apontar os caninhos que leva aos oásis da existência...
Poeta Casulo!
Obrigado a vc que esreveu a poesia.
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